domingo, 17 de novembro de 2013

Cosnciência Negra

O tema do negro na sociedade brasileira não deve ser trabalhado apenas no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, mas durante todo ano, inclusive na Educação Infantil.A Professora Dra. Maria Aparecida Silva Bento afirma que “existe a crença de que a discriminação e o preconceito não fazem parte do cotidiano da Educação Infantil, de que não há conflitos entre as crianças por conta de seus pertencimentos raciais, de que os professores nessa etapa não fazem escolhas com base no fenótipo das crianças. Em suma, nesse território sempre houve a ideia de felicidade, de cordialidade e, na verdade, não é isso o que ocorre”. 

Compartilho aqui uma sugestão de mural que reflete todo um debate realizado previamente com as crianças. Infelizmente não sei informar qual a fonte desse maravilhoso trabalho, mas vale a inspiração:


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Decorando com os desenhos das crianças

Os desenhos feitos pelas crianças deixam tudo muito mais bonito! 

Pedi para os alunos desenharem com canetinhas em várias folhas de papel colorido e usei essas ilustrações para encapar os objetos da sala de aula:

A caixa de papelão se transformou em um porta livros:




A lata de batata frita agora guarda a massinha:


A caixa de sapatos guarda o alfabeto móvel e a lata de sorvete guarda os brinquedos pequenos:


domingo, 3 de novembro de 2013

Alfabeto móvel

As letras soltas em EVA, ou alfabeto móvel, podem ser utilizadas de diversas maneiras. Na minha turma de 1º Período fiz fichas com algumas imagens e palavras já estudadas pelas crianças para que elas procurem as letras que as compõem.

O alfabeto móvel em EVA tem a vantagem de que a criança pode tocar o sentir a topografia da letra. Uma opção é produzir o alfabeto móvel impresso e colado em papel cartão.



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Diversidade na Escola em EVA: Indígenas e Negros

Que tal produzir murais em EVA para a escola que retratem também crianças negras e indígenas? Vejam que lindo trabalho da Professora Débora!





domingo, 20 de outubro de 2013

Mural Dia dos Professores

Esse belo mural foi realizado pela professora Pollyana e seus alunos. Cada criança ficou responsável por retratar uma professora ou professor da escola.





domingo, 13 de outubro de 2013

Dia das Crianças



Durante a semana da criança na escola, foram realizadas diversas atividades temáticas, jogos e brincadeiras. Em sala de aula, perguntei para os alunos "o que é ser criança?" e "por que você é criança?". As respostas foram estas:

"Porque eu nasci"

"Porque eu era pequeno e fiquei grande. Adulto é quem nasceu antes"

"Porque eu sou criança. Quando a gente crescer, vamos ter um emprego"

"Porque tem gente que é maior e tem gente que é pequeno"

"Porque quando eu era bebê eu fiquei grande"

"Porque eu sou pequeno"

"Porque eu gosto de comer sorvete de chocolate"

"Porque sim"

"Porque eu nasci, sou criança pequena"

"Porque eu não sei porque eu sou criança"


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sapo feito com garrafa PET

Esse sapo foi feito com o fundo de uma garrafa PET





As patas e os olhos do sapo foram recortadas em EVA e coladas com cola quente


Por dentro, o sapo foi pintado com cola colorida de cor verde. O trabalho para confeccionar esse sapo foi dividido entre a professora e os alunos, pois envolvia recortar a garrafa e usar cola quente. A pintura do sapo e o desenho dos olhos foram feitos pelas crianças, que se divertiram bastante durante todo o processo. 

Depois de pronto e seco, cada aluno levou seu sapo para casa como culminância do "Projeto Soltando os Bichos", desenvolvido pela escola, no qual cada turma escolheu, por meio de votação, um animal para estudar suas principais características e movimentos. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Professora sim, tia não.

Por que eu prefiro que os alunos me chamem de professora ao invés de tia? Deixo o Paulo Freire falar:







A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma 'inocente' armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais.

Paulo Freire deixa claro: você tem todo o direito de querer ser chamada de tia, mas não pode desconhecer as implicações escondidas nas manhas ideológicas que envolvem a redução da condição de professora à tia.

Como surgiu esse modismo:

Maria Ione Alexandre Coutinho escreveu sobre Eliana Novaes, que em seu livro ‘Professora Primária: Mestre ou tia’ atribui a origem do tratamento professora/tia, na Educação Pré-escolar, à perspectiva da família.  Segundo essa autora, as mães demonstram sentimento de culpa de abdicar a guarda dos filhos para a escola, pelo motivo de trabalharem fora ou simplesmente porque a mulher moderna deve descartar as tarefas domésticas; no caso, o “cuidado” dos filhos.

Essa autora comenta sobre a influência das mães no tratamento professora/tia na instituição educativa. As mães, muitas vezes, sentem-se culpadas por entregar à escola a guarda dos seus filhos, pois trazem consigo a imagem da professora rígida e áspera do ensino tradicional. Assim, dissimulam que estão entregando seus filhos aos “cuidados” da “tia”, pessoa carinhosa e amiga das crianças. Dessa forma, a mãe se sente aliviada.

Tal tratamento é desaconselhável, sendo prejudicial ao desenvolvimento socioafetivo da criança. Novaes afirma que esse costume dificulta a identificação da criança na família em relação ao conhecimento de parentesco, prejudicando a formação do seu autoconceito, em que o grupo familiar ocupa lugar principal, enquanto que, na escola, tratando a professora de tia, é estimulada uma atitude regressiva de apego às pessoas por laços afetivos. Esse modismo na instituição escolar favorece o anonimato da professora, que perde sua identidade. Assim, será apenas uma “tia”. Portanto, os alunos não se dirigem a ela pelo seu próprio nome.

Mas onde fica o carinho pelos alunos?

Para Paulo Freire, é possível ser tia sem amor aos sobrinhos, sem gostar de ser tia, mas não é possível ser professora sem amor aos alunos, mesmo que amar só não baste, sem gostar do que se faz. É mais fácil, sendo professora, dizer que não gosta de ensinar de que, sendo tia, dizer que não gosta de ser tia. Reduzir a professora à tia joga um pouco com esse temor embutido — o de a tia recusar ser tia.

Paulo Freire destaca que o ato de ensinar é profissão que envolve certa tarefa, certa militância, certa especificidade no seu cumprimento, enquanto ser tia é viver uma relação de parentesco. Ser professora implica assumir uma profissão, enquanto não se é tia por profissão.

Esse pensador afirma, ainda, que a aceitação do tratamento de tia pela professora pode ser uma dissimulação de sua possível desvalorização ou incompetência profissional, o que a leva a assumir esse falso parentesco. Nesse sentido, as autoras Eliana Novaes e Guiomar Melo consideram que o fato de a professora ser mulher contribui, muitas vezes, para que ela não adote uma postura profissional, misturando seu saber técnico da esfera pública com o saber doméstico de vida privada, percebendo-se em situações da docência como mãe ou tia dos seus alunos.

A boa tia:

A identificação da professora com a figura da tia acarreta desvalorização profissional, retirando o compromisso e a responsabilidade política da sua formação permanente. No sistema educacional brasileiro, essa identificação é enfatizada, principalmente, na rede privada. É como uma proclamação às professoras: boas “tias” não fazem greve, para não prejudicar o aprendizado dos seus alunos. Nessa ideologia, a manifestação da professora para lutar por seus direitos é um desamor e uma irresponsabilidade da “tia” por seus alunos. Essa concepção permanece nas famílias que têm filhos na rede privada ou no ensino público, dificultando que os educadores se assumam profissionalmente.


Profissionalismo:

Ser professora ou professor da Educação Infantil ou qualquer outro nível exige formação inicial e continuada e muita dedicação para trabalhar nas condições precárias que a escola pública oferece. Portanto, considerar a professora ou professor como “tia” ou “tio” é negar sua identidade profissional.

Este texto é uma compilação de ideias apresentada por diversos autores. As referências estão nesses sites:




segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Quantos somos?

Realizar a contagem dos alunos presentes e ausentes, a quantidade de meninos e a quantidade de meninas e a soma de todos juntos são ótimas maneiras de desenvolver o raciocínio matemático nas crianças da Educação Infantil.

Além da matemática, o momento do "Quantos somos?" na minha sala de aula também trata da diversidade, visto que confeccionei esses bonequinhos de EVA representando meninos e meninas com diferentes tons de pele:




No começo, algumas crianças não gostavam de pegar os bonequinhos que representam a pele negra ou parda. Esse tema da diversidade foi e está sendo trabalhado em sala de aula, de maneira transversal, durante todo o ano. Atualmente o momento do "Quantos somos?" é bastante tranquilo e os bonequinhos não sofrem mais discriminação pelo tom da sua "pele" e é possível focar somente em questões tais como a soma e a subtração. 

Durante o momento da Rodinha, depois que cada criança já escolheu seu bonequinho e as atividades de contagem, soma e subtração tiverem sido realizadas, é a hora de colocar os respectivos bonequinhos no mural de EVA:




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Caixa de areia para a Educação Infantil - aprender a escrever brincando

Depois que comecei a usar a caixa de areia em sala de aula, as crianças têm tido ótimos resultados com a escrita. 

A cada nova letra que é apresentada e trabalhada, os alunos têm a oportunidade de riscar a letra na caixa de areia. Dessa forma, as crianças podem perceber o movimento e o traçado correto com a ajuda da professora.

Para fazer essa caixa de areia utilizei uma caixa de papelão com tampa, vedei com durex por dentro e por fora e coloquei areia colorida para ficar mais chamativo.

Por fora, a caixa foi forrada com desenhos das próprias crianças:




Vejam uma das crianças com a caixa em ação!


A caixa de areia oferece muitas outras possibilidades. As crianças podem desenhar ou simplesmente brincar livremente com a areia.

Pesquisando sobre caixas de areia, encontrei essas dicas do site da EBC para ensinar de maneira lúdica as letras e os numerais para as crianças: http://www.ebc.com.br/infantil/para-educadores/galeria/imagens/2013/01/sugestoes-de-brincadeiras-para-ensinar-letras-e

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Livro Vivo

Na semana de 9 a 13 de setembro, participei da Conferência em Educação Especial e Dificuldade de Aprendizagem, evento realizado pela Coordenação Regional de Ensino do Guará, mais especificamente pelas Equipes Especializadas de Apoio à Aprendizagem.



Durante o evento, tive a oportunidade de participar da Oficina de Deficiência Visual, que teve como atividade prática a construção do Livro Vivo. Esse livro nada mais é do que um livro tátil, que pode ser utilizado por alunos que possuem algum tipo de deficiência visual e tem como objetivo a aprendizagem do Alfabeto Braille, das formas geométricas, de conceitos tais como macio e áspero, entre outros.

No dia seguinte, levei esse Livro Vivo para a minha turma de Integração Inversa e, apesar de nenhum dos meus alunos terem o diagnóstico de deficiência visual, eles simplesmente adoraram o Livo Vivo! Fez tanto sucesso que pretendo realizar atividades dirigidas para que cada criança construa seu próprio livro. 

Aqui estão algumas das atividades que fiz durante a oficina:


Palha de aço e algodão: áspero e macio


Pena e lixa: formas e texturas


Formas geométricas recortadas na lixa


Barbante em formatos diversos


EVA com diferentes texturas e formatos


As crianças gostaram muito de saber que os cegos leem por meio do Alfabeto Braille




Objetos comuns tais como clipes de papel, botão, tecidos e emborrachados para sentir diferentes formatos e texturas.


Mais informações sobre o evento: http://conferenciaemeducacaoespeciadf.webnode.pt/

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mural Peixe Vivo




Esse belo mural com o tema Peixe Vivo foi feito pela querida professora Walbélia Medeiros, professora que divide a sala de aula comigo no horário inverso.


Cada criança construiu um "aquário", com técnicas que misturam o desenho, a pintura, o recorte e a colagem. Para finalizar, plástico bolha para o efeito da água. Materiais simples e o resultado é lindo e delicado.



A inspiração? Essa linda canção:

Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria?
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia?
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia?
Os pastores dessa aldeia
fazem prece noite e dia

A melhor interpretação dessa canção? Palavra Cantada:


E uma sugestão de atividade para a sala de aula feita por mim:




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Educação Pública Eu Apoio


Por décadas, a educação brasileira tem sido tratada como a última prioridade: tanto do governo quanto da sociedade. Apesar dos avanços nas matrículas de estudantes no ensino básico, na inserção de estudantes nas escolas de ensino básico e também no acesso ao ensino superior, a educação no nosso país tem um longo e difícil caminho para se tornar referência e atingir o padrão de qualidade necessário.

É preciso tomar uma atitude prática e imediata para que os brasileiros possam contar com um direito que é de todos: o ensino público de qualidade. Afinal, todos concordam que educação é importante e fundamental para a formação do ser humano e necessária para a construção de um país forte, solidário e desenvolvido.

Com esse foco está sendo lançada a campanha “Educação Pública, Eu Apoio!” para mobilizar a sociedade brasileira a participar da construção de uma educação pública de qualidade e que atenda a todos. Vamos juntos reivindicar melhor infraestrutura, universalização das matrículas, formação e valorização dos profissionais, mais participação de toda a comunidade escolar, respeito à diversidade e inclusão.


Para garantir o sucesso da campanha EDUCAÇÃO PÚBLICA, EU APOIO, a mobilização de toda a sociedade é indispensável. Assine a petição, divulgue nas redes sociais, espalhe para seus amigos, cobre os parlamentares, abrace a campanha!
A educação não pode esperar. A responsabilidade é de todos nós! O futuro da educação brasileira é agora!
Esse movimento é pelo Brasil!

sábado, 21 de setembro de 2013

Chamada de EVA

Essa chamada foi quase toda feita por mim, utilizando somente EVA, cola quente e um durex largo para unir as placas de EVA por trás. Apenas os bonequinhos foram comprados prontos. Depois de algumas horas de trabalho medindo, recortando e colando, a chamada ficou pronta para a sala de aula e tem ótima durabilidade. Já estamos em setembro e ela inda está inteira!


As crianças gostam muito da atividade da chamada, na qual as fichas com os nomes de todos os alunos são colocadas no centro da rodinha para que, um a um, cada aluno possa encontrar seu nome e colocar na chamada de EVA que fica afixada na parede da sala de aula, em uma altura compatível com o tamanho das crianças.



Observem que eu também coloquei meu nome na chamada, pois penso que é importante que os alunos saibam qual é o nome da professora.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

92 anos do nascimento de Paulo Freire

Ontem, dia 19 de setembro, Paulo Freire completaria 92 anos.

Aprendi a admirar Paulo Freire com o passar dos anos. Não foi amor à primeira vista, não foi na faculdade de Pedagogia, foi no trabalho que realizei como Coordenadora Pedagógica do CDI-DF. 

Depois de conhecer, ler, entender e "aplicar" Paulo Freire a vida da gente muda. Obrigada Paulo, por me fazer uma professora melhor :)


Para quem quiser conhecer mais, visite o site do Instituto Paulo Freire: http://www.paulofreire.org/

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Janela do Tempo

Como está o tempo hoje?

Está nublado?

Está ensolarado?

Está chovendo?

Essa Janela do Tempo é fácil de fazer e fica bem divertido trocar as imagens com um velcro colado atrás do EVA com cola quente.




Clique na imagem para ampliar

domingo, 15 de setembro de 2013

Numerais e quantidades

Um dos recursos de aprendizagem que podemos utilizar em sala de aula é o aproveitamento das paredes da sala para expor imagens, letras, numerais, cores e formas. Neste mural interno da sala de aula coloquei os numerais de 0 a 9, além das quantidades representadas por tampinhas de garrafas. Futuramente vou acrescentar mais numerais e quantidades.

Sempre incentivo os alunos a lerem os numerais, passarem as mãos e os dedos pelo EVA para perceberem o formato do numeral e contar as tampinhas. Elas se divertem bastante!

É importante lembrar que os murais internos devem estar na altura dos olhos das crianças, sempre que possível.



clique na imagem para ampliar

sábado, 14 de setembro de 2013

Mural do 7 de Setembro

Olha aí o nosso mural do 7 de Setembro!

Para fazer este mural foi fácil e divertido: preguei folhas brancas no mural, desenhei as formas básicas da nossa bandeira com a ajuda de um barbante e, depois, as crianças do Jardim 1 foram chamadas para passar tinta nas mãos e "carimbar" o papel. 

A frase "Ordem e Progresso" foi escrita por um dos alunos da turma.

O resultado é esse:



Clique na imagem para ver em tamanho maior.

Mural para o Dia dos Pais

Olá pessoal,

Esse foi o nosso mural do Dia dos pais da turma de 1º Período. Após uma conversa na rodinha sobre o Dia dos Pais, as crianças foram convidadas pintar seus respectivos pais em uma folha de papel pardo. Além de conversarmos sobre as características de cada pai, conversamos também sobre como essa pintura deveria ser feita: lembrando de desenhar a cabeça, os olhos, braços, mãos, dedos, roupa, sapatos, entre outros.


Clique na imagem para ver em tamanho maior.

A pintura foi feita utilizando um pincel fino e pequenas quantidades de tinta guache. As crianças foram instruídas a limpar o pincel na toalhinha a cada troca de cor. O resultado ficou bem legal!


Clique na imagem para ver em tamanho maior.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Tudo o que eu precisava saber, eu aprendi no Jardim de Infância

Robert Fulghum

A maior parte do que eu realmente precisava saber sobre viver e o que fazer e como ser, eu aprendi no Jardim da Infância.

Na verdade, a sabedoria não está lá no alto morro da Faculdade, mas sim bem ali, na caixa de areia da escola.

As coisas que aprendi foram estas: reparta as coisas, jogue limpo, não bata nos outros, ponha as coisas de volta onde as encontrou, limpe a bagunça que você fez, não pegue coisas que não são suas, diga que você sente muito quando machucou alguém, lave as mãos antes de comer, aperte a descarga, biscoitos e leite quentinho fazem bem.

Viva uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco, desenhe e pinte e cante e dance e brinque e trabalhe um pouco... Todos os dias. Tire um cochilo todas as tardes. Quando você sair por ai preste atenção no trânsito e caminhe, de mãos dadas, junto com os outros.

Observe os milagres acontecerem ao seu redor. Lembre-se do feijãozinho no algodão molhado, no copinho plástico. As raízes crescem por baixo e ninguém sabe como e porque, mas todos somos assim. Peixinhos dourados e porquinhos da Índia e ratinhos brancos e mesmo o feijãozinho do copinho plástico – todos morrem. Nós também. E lembre-se do livro do Joãozinho e Maria e a primeira palavra que você aprendeu, sem perceber. A maior palavra de todas: OLHE!

Tudo o que você precisa mesmo saber está ai, em algum lugar. As regras básicas do convívio humano, o amor, os princípios de higiene; ecologia, política e saúde. Pense como o mundo seria melhor se todos, todo mundo na hora do lanche tomasse um copo de leite com biscoitos e depois pegasse o seu cobertorzinho e tirasse uma soneca. Ou se tivéssemos uma regra básica, na nossa nação e em todas as nações, de pôr as coisas de volta nos lugares onde as encontramos e de limpar a nossa própria bagunça.

E será sempre verdade, não importa quantos anos você tenha, se você sair por aí, pelo mundo afora, o melhor mesmo é poder dar as mãos aos outros, e caminhar sempre juntos.



Este texto foi escrito em 1988, há 25 anos, por Robert Fulghum e continua tão atual quanto na época.

Conheça mais sobre Robert Fulghum em http://www.robertfulghum.com/